14 de maio - Oficiais do exército com equipamentos de proteção chegam para desinfetar o centro de acolhimento Stella Maris, em meio à pandemia de coronavírus (COVID-19), no Rio de Janeiro — Foto: Mauro Pimentel/AFP
PANDEMIA
A
Pandemia de covid-19 escancarou no Brasil imensas diferenças sociais que
passamos a observar, mais de perto, na educação e na saúde pública. Sobreviver
ao coronavírus é a nossa principal missão no momento. Entretanto, as incertezas
passadas pelo poder público com o enfrentamento do vírus têm causado muita
preocupação e medo na população. O isolamento social, necessário para conter a
pandemia também mostrou o quanto somos vulneráveis dentro desse sistema econômico,
o quanto desafiamos a morte e o quanto somos relutantes em acreditar na ciência.
Foi pedido uma atividade de reflexão crítica para os alunos. Um texto que refletisse o que eles estavam vendo e sentindo sobre a pandemia, o sistema educacional e a crise econômica que estamos enfrentando.
Segue alguns textos escolhidos
Pandemia
Israel Rabelo - 2º B
O Brasil é o país que menos está
lidando com o corona vírus, tanto que 3 ministros da saúde se demitiram muitas
pessoas furando a quarentena e algumas pessoas nem chega a usar a máscara
direito, aqui em casa está tudo bem a vida continua a mesma, os professores
mandando lição em dobro do que mandavam na aula, e sem explicação, ninguém
aprende nada só cópia do google, eu não estou com medo nenhum de pegar corona
vírus pq eu sei me cuidar com a pandemia, por mim fica longe da escola está bom
mais os professores e a escola não sabe administrar um ensino a distância,
muita gente nem faz as lições por que nem aprende e nem sabe como fazer lição
por isso muitos não fazem lição, eu me desinteressei pela quantidade de lição
eu fiz muita lição no dia seguinte tinha o dobro aí eu me desinteressei.
Bruna Debatin Furquim - 3A
A pandemia do coronavírus – impondo fechamentos de fronteiras entre países e isolando famílias em casa – expõe a mesma vulnerabilidade de homens e mulheres diante de um inimigo comum e invisível, que também não faz distinção de cor, ideologia, situação econômica ou religião, fora de casa o vírus, e dentro dela a própria mente. O presente medo do que era natural solidifica a comutação mundial, tanto em suas maneiras de lidar com o impalpável, como as relações interpessoais humanitárias.
Exigindo
a cooperação de todos, com o intuito que não se agrave, o isolamento social,
além de nos estimular a uma reflexão sobre as desigualdades que ainda
prevalecem na sociedade, nos estimula uma reflexão de mudanças de paradigmas de
vida.
Além
incapacidade de ir a centros comerciais e de ter lazer a tempo, somos privados
da oportunidade de sair nas ruas, visitar e até abraçar amigos e familiares,
também reservamos um tempo para refletir sobre coisas importantes: quais são as
nossas prioridades na vida?
De
fato, a situação tão peculiar fará com que a situação das famílias seja não só impactada,
mas também profundamente transformada. Nunca os valores como solidariedade,
empatia, respeito e compreensão foram tão necessários a relações familiares. Os
conflitos de outrora não deveriam ter mais lugar num ambiente em que o bem mais
primordial do ser humano – a vida. Entreposto, a ausência da aproximação
familiar torna cada vez mais difícil o convívio em isolamento aumentando
consecutivamente os índices de suicídio.
Abrindo
as portas da desigualdade social, a inerência de um governo desprovido de uma
base educacional torna, não só prejudicial, como irreversível a perda do ano
letivo e da falta de absorção conteudista. Tendo seu impacto mundialmente, é
imprevisível o estado em que ficará o mundo diante de tais prejuízos,
entretanto é garantida que, com a desigualdade já existente, os benefícios
educacionais serão extremamente opostos.
As
relações sociais sofrerão grandes mudanças. Diante da crise de saúde sem
precedentes na história moderna, nossa visão de mundo não será mais a mesma. A
pandemia mudou o foco de nossos olhos e causou uma sensação coletiva que há
muito parece não pertencer a cada um de nós. Somos forçados a olhar um para o
outro para entender que nosso bem-estar depende da ação coletiva, e a ação
coletiva de todos é a base para a sobrevivência de todos.
Rafaela Bianca Batista de Andrade - 3º
A
Nos últimos tempos, estamos enfrentando algo que ninguém sequer poderia imaginar. A pandemia do novo coronavírus está mudando a vida de governos, populações e indivíduos. Diante disto, algumas coisas estão atreladas como o convívio familiar, por não podermos sair de casa, estamos passando muito mais tempo com a família, no meu caso foi muito bom, porque melhorei o relacionamento com os meus pais, eles estavam sempre muito ocupados e não passávamos o tempo que devíamos juntos.
Outro ponto é a educação à distância, que
tivemos que nos adaptar com ela, então as escolas deram a inciativa das aulas
online. Eu me adaptei bem, porque gosto de usufruir da tecnologia, e acabei
criando uma rotina para assistir as aulas e realizar as atividades, porém não
se compara com o fato de termos uma aula presencial. Infelizmente neste momento
todo o cuidado é pouco, temos que sempre usar a máscara e fazer a higienização
correta, tanto para não contrairmos o vírus e infectar os outros, como tentar
amenizar o número de casos que vem aumentando constantemente. Entre avanços e
retrocessos, o episódio do novo coronavírus serve ao menos para reforçar
mensagens valiosas de proteção à saúde, úteis inclusive contra outras doenças mais
comuns, como o resfriado e a gripe. Portanto, temos que ser muito cautelosos e pacientes,
para em breve podermos passar o tempo com quem gostamos, que é algo não estamos
podemos no momento, somente fazer vídeos chamadas, ligações e conversas pelas
redes sociais. Podemos enxergar o isolamento social pelo lado bom, para reavaliarmos
alguns conceitos, valores e pontos que são importantes na nossa vida.
Filipe Isaías - 3° A
Diferente de muitas pessoas, eu
não acho que seja um castigo divino. Acho que seja algo que o ser humano causou
e agora está tentando consertar. Desde o começo desse vírus, eu tenho a minha
opinião: era para eles terem dado atenção para o homem que alertou sobre esses
vírus, porque assim, já teríamos uma cura. Agora pessoas inocentes estão
morrendo. Devemos ter muito cuidado, ficar em casa, lavar as mãos, usar álcool
em gel, para não sermos uma vítima desse erro. Acredito que isso seja apenas
uma fase, e que as pessoas aprendam com o erro grande que cometeram ao não
ouvir o homem que nos alertou. Podemos perceber o quanto é vulnerável, e
podemos perceber o quanto nossa vida é frágil. Ano passado estávamos planejando
grandes coisas, férias, momentos com a família, se casar, primeira viagem ao
exterior, filhos, comprar a casa própria, o mercado financeiro estava com
projeções e dentro de poucos meses, tudo vira de cabeça para o alto.
Que fique de lição, para nós não
esquecermos o quanto somos frágeis, vulneráveis e que a vida é passageira.
Gisele Vitória Oliveira Lacerda – 3º
A
O isolamento social que estamos
vivendo nos traz a um importante momento da humanidade e da nossa própria
individualidade. Estamos passando por momentos difíceis, comércios fechando,
horários reduzidos, uma crise forte em que abala a economia do país e
principalmente a saúde. A saúde mental durante a pandemia do coronavírus ou
covid-19, se torna frágil, vulnerável, pois não sabemos quando, como e se vai
acabar essa terrível situação. A ansiedade vai tomando controle dos nossos
pensamentos e nos tornando frágeis, por isso nesses tempos temos que cuidar
muito bem da saúde mental pois ela se abala bastante com o que estamos
passando. Como não temos muito o que fazer ficamos trancados muitas vezes no
quarto pensando na pandemia que nos deixa a desejar um fim, e sem respostas a
saúde mental fica cada vez mais abalada. Precisamos nos acalmar, tendo em vista
o acontecimento temos que tomar os devidos cuidados para que isso logo tenha um
fim.
Isadora
carvalho - 3º A
Desde que eu soube pela primeira vez de toda situação que outros países enfrentavam, por causa da pandemia, nunca imaginei que o nosso país também passaria por isso, tanto o isolamento, quanto às mortes.
E por
falar em isolamento, vemos claramente que a maioria dos brasileiros não deu ou
ainda não dá a necessária importância como é no uso de máscaras.
Porém
o que esperar de um país que vive no passado? E dos claros problemas sociais
que possui ou da escancarada falta de solidariedade com os outros?
Vejo o quanto a pandemia nos mostrou que não estamos juntos, principalmente no caso do isolamento social, pelo simples fato de que apenas os que têm um determinado poder aquisitivo e não estão à beira da sociedade realmente conseguiram se manter "isolados" ou ainda tem os que podiam mas não o fizeram.
Um
ponto que colaborou com esse comportamento com certeza está ligado aos nossos
representantes, já que essas pessoas deveriam ser o "exemplo" de como
se agir diante da doença e não incentivar comportamentos que não ajudaram em
nada ao combate ou em espalhar informações erradas.
Fique
por três meses em quarentena, mas infelizmente tanto eu quanto as pessoas que
moram comigo tiveram que voltar a trabalhar, não passamos por nenhuma dificuldade,
mas nem por isso o medo de pegar foi menor, principalmente quando se mora com
uma pessoa que está no grupo de risco.
A pandemia do novo Coronavírus tem
provocado mudanças em alguns hábitos e costumes a população. Um deles está
relacionado ao convívio familiar, pais, mães e filhos que antes realizavam suas
atividades por conta própria, agora precisam se adaptar com a aproximação
imposta pelo isolamento social. Se com o estudo presencial já era difícil
manter a rotina, imagina agora por vídeo aulas na sala olhávamos para o
professor, mais agora tendo que estudar pelo celular tem várias distrações que desviam
nossa atenção. Fora o medo constante de contrair o vírus, antigamente não
tínhamos tanta preocupação quando contrairmos uma gripe, mais agora se espirramos
já achamos que estamos com o Corona vírus. É muito difícil ficar longe de
pessoas que amamos e que nos fazem felizes, antes pensei que só seria sei lá 15
dias de isolamento mais já estamos quase quatro meses isolados, pra mim não é
tão difícil pois não estou sozinha.
Jardiane V - 3º A
Diante do atual cenário, nos encontramos em uma situação de quarentena o que leva a pouco ou nenhum contato pessoal. Essa pandemia trouxe consigo o peso de uma nova adaptação, seja ela social, econômica, educacional e sobre nossa própria higiene e saúde. Mesmo após a conscientização em tv aberta, UBS, escolas e hospitais que foi de grande importância para eliminar qualquer dúvida ou resquícios de fake News sobre a prevenção e transmissão do vírus, a comunidade brasileira continua a combater o Covid-19 e com isso os problemas que o acompanha, como a instabilidade política, parada das aulas e fechamento de instituição de ensino e o sistema de saúde que está com demanda alta de pacientes com o Covid-19 e poucos médicos e enfermeiros para atender a todos.
Como podemos observar que somente
a conscientização não previne a transmissão do vírus, visto isso a medida de
quarentena, fechamento de lugares populosos e comércios não essenciais foi
tomada pelos Estados e municípios como uma medida extrema diante a situação. Resultando
em diversas críticas que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro,
que defendia o isolamento vertical, voltado para grupos de riscos e casos
suspeitos, semanas após essa defesa de Bolsonaro o Brasil se encontra com
91.598 casos confirmados, ultrapassando a China e, 6.329 óbitos.
Subestimado pelo mundo e sua população
o Covid-19 pegou todos despreparados, Dráuzio Varella um médico e especialista comentou
sobre em uma entrevista para o UOL debate; “Não só eu, muitos [especialistas]
subestimaram o que estava acontecendo. E o que aconteceu é que nenhum país se preparou
no Ocidente. A Itália não preparou, a Espanha não se preparou, os Estados
Unidos não se prepararam, declarou.
O isolamento da sociedade feita de
maneira rigorosa evita que a crise que estamos passando piore, devido a isso
atender a quarentena é a melhor opção para o momento. Mas o melhor para o país
não está sendo exatamente o melhor para sua população, pessoas em isolamento
social desenvolveram um aumento significativo em problemas psicológicos, aumento
em problemas de ansiedade e depressão já era o marco da geração 2000. Sem o
foco do exterior social as pessoas estão
sozinhas consigo mesmos o que nem sempre é a melhor coisa.
STEFANY LIMA APARECIDA DA SILVA - 3º A
O convívio familiar em tempo de
isolamento varia muito de casa em casa, no meu caso tenho passado mais tempo
com meus familiares, feito reuniões em casa etc., claro que com o decorrer do
tempo sempre tem alguns desentendimentos, mas precisamos nos adaptar. No começo
da pandemia a adaptação escolar pra mim foi ótima, me adaptei fácil, consegui
fazer bem mais atividades do que nas aulas presenciais, minhas notas melhoram
muito, porém recentemente tive alguns problemas de entrega, pois meio que vamos
desanimando e perdendo a vontade de fazer as coisas.
Cada vez mais as pessoas estão
ficando com medo de contrair a Covid-19, vemos coisas apavorante nas redes
sociais e na mídia e isso faz com que o medo cresça mais e mais. Viver com medo
de contrair o vírus para alguns se transformou em paranoia, mas se tomarmos
todo o cuidado não há necessidade de apavoramento. Antes da pandemia tínhamos
uma rotina que com tempo começamos a sentir falta, ficar longe daqueles que gostamos não é algo fácil,
aprendemos a dar valor para as aulas, escola, amigos, mas sabemos que para que
tudo volte e que possamos ver aqueles que amamos, temos que nos cuidar e nos
proteger.
Isamar Manrique - 3º A
No cenário atual no qual nos encontramos, o Brasil já atingiu 87.679 mortes e 2.443.480 casos confirmados com o novo vírus Covid-19. Com o afastamento das escolas, trabalhos e enfrentando problemas na área da saúde, política e econômica, tivemos que nos adaptar a uma nova realidade. Com os baixos investimentos na área da saúde e a precariedade dos equipamentos dificultam ainda mais o trabalho dos profissionais, colocando a saúde da população em risco e, ainda, aumentando os desafios cotidianos. Em vez de buscar o bem-estar da sua população, o atual governo prioriza promover um medicamento que foi demonstrado que não é eficaz , fora isso a população não ajuda no combate da doença, já que muitos brasileiros não usam corretamente a máscara e também vem se aglomerando em diversos estabelecimentos.
Com a nova rotina dos estudantes que estão tendo aulas virtuais e os trabalhadores que estão em home-office, deve haver uma grande disciplina e comprometimento para que haja resultados, pois nem todos têm as mesmas condições, de terem um espaço tranquilo para estudar ou trabalhar. Em relação ao convívio familiar depende muito da relação entre os moradores da casa, particularmente me dou bem com os meus familiares, então está sendo tranquilo.
Atualmente me encontro trabalhando e por causa disso tenho que pegar ônibus e metrô, todos os dias é um risco de se contaminar com o covid-19, já que muitas vezes infelizmente os meios de transporte estão lotados, mesmo com o medo de contrair a doença em algum lugar público e ainda transmitir para as pessoas ao meu redor, é necessário se prevenir, usando álcool em gel, lavar as mãos sempre que possível e usar corretamente a máscara. Em relação ao isolamento social, infelizmente não podemos estar próximos dos nossos entes queridos, porém com a tecnologia que temos em mãos, podemos nos comunicar com os nossos amigos e assim poder conservar um pouco da nossa saúde mental, pois acredito que por conta da pandemia muitas pessoas tenham a sua saúde física e mental afetadas.
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